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Amêndoas Amargas

As amêndoas amargas podem originar uma intoxicação fatal por ácido cianídrico. Apesar de não ser muito comum, já foram relatados alguns casos de intoxicação por ingestão ou inalação de óleo de amêndoas amargas.

As amêndoas amargas apresentam na sua constituição até 5.3% de um glicosídeo cianogénico, a amigdalina.

 

A atividade toxicológica da amigdalina está diretamente relacionada com o facto desta, ao ser hidrolisada por enzimas específicas, liberta ácido cianídrico no organismo.

 

Esta atividade hidrolítica é lenta em condições ácidas mas rápida em condições mais alcalinas. Tal facto pode explicar o atraso no início do aparecimento dos sintomas de intoxicação por ácido cianídrico pois é o tempo de passagem do bolo alimentar do estômago para o duodeno, ou seja, do meio ácido para o meio alcalino.

A ingestão de 10 amêndoas amargas pode causar intoxicações graves, enquanto a ingestão de 50 pode até mesmo matar um homem adulto.

Os compostos cianogénicos estão presentes em vários frutos (damasco, pêssego, ameixa, etc.), o que poderá ser um problema de saúde pública em países tropicais visto que estes alimentos são básicos na alimentação destas sociedades e estão facilmente à sua disposição. Daí que a intoxicação aguda por ácido cianídrico nestes países seja frequente e causam várias mortes por ano.

O primeiro caso fatal relatado foi em 1856, uma mulher de 48 anos de idade, cozinheira, morreu após a ingestão de essência de amêndoas que tinha sido vendida pelo farmacêutico da cidade.

 

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